O portal Notibrás publicou um especial sobre Renato Russo. Na matéria, as jornalistas exploram o desejo de imortalidade do próprio cantor que, apesar da precoce partida, está eternizado no coração de milhões de fãs e também na história da música e do rock brasileiro.
Numa noite de julho dos idos de 1983, circulando num palco minúsculo do projeto Rock Voador, a bordo de uma camiseta de cor branca e calça jeans, ambos puídos, um Renato Russo ainda desconhecido mostrava à plateia do Rio de Janeiro, sua cidade natal, a que viera.
Ali, cantando num timbre único e balançando-se de modo singular enquanto o público ia à loucura com suas letras, Renato começou a cravar seu nome na história do rock nacional. De lá para cá nada mudou. Nas favelas/No Senado/Sujeira pra todo lado/Ninguém respeita a Constituição/Mas todos acreditam no futuro da nação.
Desde então, o cenário musical brasileiro ganharia mais que um cantor talentoso, figura politizada, inteligente, sensível e um letrista de mão cheia, mas sim um poeta. Algumas de suas conjecturas, por exemplo, traduzem os tempos atuais.
‘Olha, a ignorância é vizinha da maldade. Isso é batata. Mas o que acontece no Brasil, eu acho que talvez seja o último estágio. Isso vem desde o descobrimento. Para cá vieram ladrão, louco, preso político, entendeu? Essa corja está aí até hoje. O povo, mesmo, está todo mundo ciente disso’.
Quis o trágico destino que Renato, de sobrenome Manfredini na certidão, nascido na madrugada de 27 de março de 1960, em uma clínica do Rio de Janeiro, falecesse em outra madrugada, a de 11 de outubro de 1996, no mesmo Rio que já conhecia e admirava o artista que se tornou uma espécie de mito da música nacional. Um mito vencido por complicações desses vírus que andam espalhados por aí.
Clique aqui para ler, na íntegra, a matéria de Carolina Paiva e Nair Assad